Queria apagar as tatuagens, rasgar as telas que pintaram sobre mim, diluir-te um pouco na minha pele... Pintarias para mim? Uma mistura meio mágica, do teu condão em mim infiltrado: sorrisos, carinhos, os nossos pés entrelaçados... Os nossos beijos retratados... As nossas mãos dançantes ao sabor do vento que nos atravessa quando te toco.
Por vezes sinto-me frio... Tenho saudades. Mas estas saudades são daquelas que magoam, das fortes que nos estrangulam, que vêm para nos recordar que nada nunca se repete, nada volta, tudo vai. Nessas alturas beijo-te devagar... Peço-te que me leves o medo, a saudades, as âncoras que teimam em não quebrar. Mas... Pinta isso sobre mim. Uma tela branca... Os beijos, os toques, a tua pele na minha, a vertigem de um orgasmo, a magia da saudade, do tempo, esse assassino. Quero que o pintes como ele é... Azul como meu medo. Assassinou-me, esse tal tempo. Não me lembro bem como foi, creio que ele depois nos leva as recordações também. Mas sei que fui assassinado.
Pinta-me sobre ti também... Pinta-me em ti, na doçura do que nos une... Na tristeza do que nos separa.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
"..."quero-te" mais que a "saudade" que ME devorou."
Don't you know that you're a part of my heart... Tomorrow is taking too long!!!
Estás em mim... e "na tristeza do que nos separa."
Enviar um comentário