Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

quinta-feira, março 08, 2012

27-09-2010 [1:31]

O meu corpo anuncia a tua chegada
Na ausência que, sem querer,
Deixei aterrar à minha volta:

Negra, pesada, inalteravel.

De onde vens o tempo parou à espera
que eu não mais esperasse pelo tempo certo
para não mais esperar por ti.

Mas espero.

O meu corpo anuncia o tempo
Que, sem querer, perdi
Na ausência de ti dentro de mim:

Lento, compassado, discreto.

Onde eu estou tu não chegas mais
Nesse teu passo inerte e descompassado
Que, parado, orbita aqui.