No infinito reside o nada que nos move por entre as energias infiltradas do universo redondo que me corroi por dentro. É ai, no enorme, que vemos cada pedaço de nós envolvido num pano demasiado comprido para ser desfeito, somos amarrados à nossa presença, obrigados à nossa compreenção, somos sobre tudo rejeitados pelos nossos próprios desejos, aqueles de quando somos pequenos, aqueles de felicidade eterna e sorrisos perfeitos numa fotografia da família futura. Somos sugados pela nossa presença, aí, no meio do vazio, e apercebemo-nos que tudo é mentira, a verdade está mais além do que poderemos descobrir e qualquer segredo que nos sussurre devagarinho ao ouvido será mentira, já tomámos consciencia da verdade, e ela estará em ti!
É no infinito chamado compreensão que nos cruzamos, fantasma desagragado, e cortamos o ar em infinitos beijos. É aí, na compreensão do olhar cúmplice antes da madrugada chegar, que nos unimos em rodopios sem lógica, em sombras de monstros demasiado belos, em rodeios de palavras fugidias... Ah, elas fogem não fogem?... E como eu gosto de as agarrar no meio do ar vazio de respiração...
E só nós saberemos um dia a beleza de soprar estrelas no tecto do meu quarto...
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2 comentários:
Lindo... como aliás é tudo o que de ti tenho lido.
Continua Marco.
Com muita muita sinceridade e um beijinho,
Míriam*
O que é que te move a ti?
Como é que se ultrapassa essa barreira que ergueste à volta do peito que não deixam partir nem chegar? *
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