Não te vejo faz tanto tempo que já nem sei bem o que sinto. Não consigo distinguir a saudade da pequena dor que se vai acumulando ao seu lado, e abraçando- com uma força irregular. Não sei bem se isso é apenas meu... mas hoje dói imenso.
Já nada me chega, entorno-me numa mesa qualquer em delírios constantes, fraquejo perante as paredes nuas novamente, devaneio de novo em todos os passos que dou.. Já não me contento com nada, já não me cheham os telefonemas. Mas eles agora são tão curtos! As horas pasaram a pequenos minutos e daqui a pouco passam a instantes, a retalhos de conversas que se vão espalhar em mim como vulcões a arder. E estes vão doer ainda mais do que os que vão escorrendo até ao meu coração! Oh...
As horas passaram a minutos escassos, porquê? Explica-me. Não tens nada para me dizer... Nunca tiveste, nunca me disseste nada, mas as horas prolongavam-se e nunca o soube, nunca o imaginei dentro de mim. Mas os minutos vão passar a segundos? Se sim avisa-me, não sei quantos segundos mais aguento sem ti! E porquê...?
Um dia cansado, o sol já se vai pondo devagar, deixando pinceladas de pêssego no horizonte azul, e no fim de tudo não soube nada de novo, não me inventei, não criei, não te soube feliz, nem sequer te soube realmente. As palavras não saem na mesma, não é? As coisas nunca mudam... Mas como é que as horas passaram a minutos? Será da saudade abraçada no canto do meu coração? Ou será antes a dor?... aquela dor... Não quero escrever.
De nada vale... Todos o lêem menos tu, meu amor, só tu não o lês como eu. Escrevo para ti, porque sei que um dia os minutos passam a segundos ou instantes que se vão perder... E então eu não vou saber porquê, assim como nem sei do teu amor...
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2 comentários:
estas confuso....:(
Força
Tás a sentir?
Uma pequena página de história,
Um pedaço da tua glória
Que vai passar a breve memória
Então cuspo directo no caderno
Rimas saídas do inferno
Que passei à tua pála
Num tempo que pareceu eterno
Mas já tou de cara lavada
Tenho a casa arrumada
A lembrança apagada
De uma vida quase lixada
Olho para o céu
Mas toda a gente foi de férias
Apetece-me gritar
Até rebentar as artérias
Flashback instantâneo, prazer momentâneo
Penso em ti até que bate duro no meu crânio
Toda a dor, toda a raiva, todo o ciúme toda a luta
Toda a mágoa e pesar, toda a lágrima enxuta
Alieno como posso
Não posso encher a cabeça,
Não há dinheiro, nem vontade
Nem amor que o mereça
Não vou pensar de novo
Vou-me pôr novo
Neste dia novo estreio um coração novo
Visto-me de branco, alegre no meu luto
Saio para a rua mais contente que um puto
Acredita que custou
Mas finalmente passou
E no final do dia foi só isto que restou.
Respiro fundo e lembro-me da força
Que guardo dentro do meu corpo
Espero que ela ouça
Todo o amor deste mundo, perdido num segundo
Todo o riso transformado num olhar apagado
Toda a força de viver afastada do meu ser
Até que um dia acordei e vi que estava a perder
Toda a força que cresceu
Na vida que deus me deu
Uma vontade de gritar bem alto
O meu amor morreu
Todo o mundo há-de ouvir
Todo o mundo há-de sentir
Tenho a força de mil homens
Para o que há-de vir
Vai haver um outro alguém
Que me ame e trate bem
Vai haver um outro alguém
Que me ouça também
Vai haver um outro alguém
Que faça valer a pena
Vai haver um outro alguém
Que me cante este poema.
(Da Weasel)
Sabes que há outro alguém marco...
E longe de mim querer destruir lembranças tuas... sentimentos lindos que guardas aí dentro, mas que te magoam tanto (e a mim marco... tanto!)
Mesmo que não os orientes na direcção desse “outro alguém”, guarda-os para ti. Não deixes que ela tos leve.
Não deixes que ela te consuma. Não deixes que ela te roube o que tens de melhor.
Para lá da emoção, ainda me resta um pouco de razão...
Míriam*
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