Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

quinta-feira, maio 27, 2004

Nada!...

Como sempre a falta das palavras para me envolverem em certezas. Como sempre a falta da transformção idílica do teu pensamento dourado em palavras sussurradas... Sempre a mesma falta, sempre o mesmo chão a fugir, sempre o universo a mudar...
Parece que tudo está fora do lugar, tudo se escorre, numa lentidão tão insana, para uma outra qualquer dimensão, a dimensão tamanha do teu nada,a dimensão imensa do teu mar de pensamento alheios ao meu pequeno céu de prata. E sinto-me tão pequeno...

Era o nada daquela boca que me dominava os dias cansados. Sempre o mesmo nada ao por do sol, sempre o mesmo vazio, o silêncio que se ia gerando e gelando as pelavras que tentavam sair. É verdade, todos sabemos que quando não se fala, ou se ama muito ou não se tem mesmo nada para dizer, ou então, o eterno "nada!", como sempre. Ai, como o silêncio me matava aos pedacinhos!...


A incerteza, esta incerteza deixa-me louco com tanta falta de razão. Só queria um céu dourado para te poder misturar o ouro do pensamento nas nuvens gastas que me socorrem as quedas durante os voos.

E custa tanto não te ter por completo...

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