Como sempre a falta das palavras para me envolverem em certezas. Como sempre a falta da transformção idílica do
teu pensamento dourado em palavras sussurradas... Sempre a mesma falta, sempre o mesmo chão a fugir, sempre o universo a mudar...
Parece que tudo está fora do lugar, tudo se escorre, numa lentidão tão insana, para uma outra qualquer dimensão, a dimensão tamanha do teu nada,a dimensão imensa do teu mar de pensamento alheios ao
meu pequeno céu de prata. E sinto-me tão pequeno...
Era o nada daquela boca que me dominava os dias cansados. Sempre o mesmo nada ao por do sol, sempre o mesmo vazio, o silêncio que se ia gerando e gelando as pelavras que tentavam sair. É verdade, todos sabemos que quando não se fala, ou se ama muito ou não se tem mesmo nada para dizer, ou então, o eterno "nada!", como sempre. Ai, como o silêncio me matava aos pedacinhos!...
A incerteza, esta incerteza deixa-me louco com tanta falta de razão. Só queria um céu dourado para te poder misturar o ouro do pensamento nas nuvens gastas que me socorrem as quedas durante os voos.
E custa tanto não te ter por completo...
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