Estou triste, estou deprimido, estou cansado, estou triste outra vez, estou perdido na escuridão do meu quarto onde vezes sem conta me perco e volto a perder. As estrelas já não me guiam, não me deito tantas vezes como dantes a ohar para lá, o meu pequeno céu... Dou comigo a dizer que não tenho tempo para olhar, deito-me e nem olho, como é possível? Tenho cada estrela, cada pedaço, cada uma é minha, mais minha que qualquer coisas neste mundo... Estou triste...
Queria poder ser livre de mim. Queria deixar-me! Sou horrível, não me quero mais, quero chorar, quero rasgar cada linha da minha pele e sangrar a água que me faz viver. Quero bater como louco com a cabeça na parede até não a sentir mais, quero apenas deixar-me por momentos... Mas não sei porquê... E sinto-me tão mal.
Oh, eu só queria ser outro alguém, ser teu e de ninguém, ser de mim sabendo que sou de alguém. E quando sou... Sou triste na mesma, não sei que tenho, não sei que se passa, tenho saudades da minha asa, já não me fazes voar há tanto tempo. E a culpa é minha. Os teus incessantes toques, minha amiga, sem resposta, desculpa-me, sou tão feio. Beija-me a face e faz-me sonhar de nvo, tudo era tão perfeito quando nos deitávamos lá no jardim, um qualquer que fosse... Tenho tantas saudades que me começam a querimar a cara enquanto se tranformam num mar, acho que me estou a afogar.
Preciso de ti... Preciso de cair... Correr no meio da escuridão e sentir que no fim quase morro sem respirar, cair de um precipício e no final sangrar muito, só para saber que ainda estou vivo, já o fiz tantas vezes. Porque é que agora pareço não o conseguir fazer? Estou tão triste comigo!!
Quero chorar, quero chorar tanto... tanto tanto tanto!... Mas a pedra que me tornei com o tempo, as barreiras de papelão que criei à minha volta, não me deixam escorrer pelos meus olhos. São tão finas as barreiras, porque é que ninguém as rasga? Rasga-mas... estou tão triste, tenho tantas lágrimas aqui para te dar... Nunca me viste chorar, pouca gente viu e no entanto choro em qualquer filme, se clhar porque não serei tão julgado.
Ensina-me a chorar, a retirar o Litost de dentro de mim, não quero estar triste, mas tenho vontade de cair.
Anjo caído, perdido, abandonado... Ai, deixem-me voar de novo!

Continuo com vontade de chorar, não sei que se passa, nem sei quem sou. Ao espelho vejo as marcas que o tempo deixou, tatuagem "na alma e na pele"... E a lua cheia lembra-me que não te tenho. Não a vou ver hoje, não a vejo há algum tempo, não quero saber dela, hoja sou egoísta!
2 comentários:
Hoje decidi ser eu a voar. Ser livre e não esconder as asas que me deste.
Contar-te os sonhos que te escondo.
Dizer-te tudo de uma só vez... Assim, de um só trago, como o mar engole a areia.Oh marco... como me entristece a tua tristeza...
Como sofro sabendo-te ainda assim. Como se encolhe a minha dor perante a tua...
“Ensina-me a chorar, a retirar a Litost de dentro de mim, não quero estar triste, mas tenho vontade de cair”A Litost está em mim também marco... nunca a consegui assassinar... (como me assassino todas as noites escondida de ti, em segredo...) Dá-me a tua. Dá-ma, que eu absorvo-a como absorvi a minha... Já faz parte de mim. Da minha pele, dos meus cabelos, dos meus lábios.
Cai! Cai, mas cai nos meus braços!
“Quero rasgar cada linha da minha pele e sangrar a água que me faz viver”Deixa-me beber-te o sangue e devolver-to em beijos quentes. Deixa-me ser essa água-da-vida. Deixa-me ser essas estrelas que abraças quando te sentes só! Deixa-me rasgar as barreiras que queres destruir... Deixa-me voar contigo... uma vez! Uma! Quero ver onde vais nestas noites de lua cheia! Quero ver onde te escondes de mim!
Diz-me que ela não existe!
Diz-me que essa relva onde te deitaste com ela, hoje não passa de pó! Diz-me que morreu! Diz-me que não existe mais!
“Tenho tantas lágrimas aqui para te dar...”Dá-mas! Dá-mas, como te dei as minhas! Deixa-me bebê-las como te bebo o sangue...
E... e... e esquece todas as palavras que hoje aqui te atirei. Como se fossem um daqueles segredos que só a lua conhece. Porque só a ela os contei.
Eu... e noite a empurrar-me.Miriam
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