Sou tudo o que sempre serei... Sou triste, apaixonado, sou eu aqui sempre perdido no mundo impefeito, sou eu... só eu... mesmo contigo me sinto por vezes sozinho. Não por ti, por mim, sozinho por mim, sozinho aqui dentro, no cubículo apertado do meu mundo laranja e verde. Não vou falar de ti, hoje sou maior que tudo e todos, hoje sou EU, hoje sou egoísta, não quero mais nada!!!
Estou triste, estou deprimido, estou cansado, estou triste outra vez, estou perdido na escuridão do meu quarto onde vezes sem conta me perco e volto a perder. As estrelas já não me guiam, não me deito tantas vezes como dantes a ohar para lá, o meu pequeno céu... Dou comigo a dizer que não tenho tempo para olhar, deito-me e nem olho, como é possível? Tenho cada estrela, cada pedaço, cada uma é minha, mais minha que qualquer coisas neste mundo... Estou triste...
Queria poder ser livre de mim. Queria deixar-me! Sou horrível, não me quero mais, quero chorar, quero rasgar cada linha da minha pele e sangrar a água que me faz viver. Quero bater como louco com a cabeça na parede até não a sentir mais, quero apenas deixar-me por momentos... Mas não sei porquê... E sinto-me tão mal.
Oh, eu só queria ser outro alguém, ser teu e de ninguém, ser de mim sabendo que sou de alguém. E quando sou... Sou triste na mesma, não sei que tenho, não sei que se passa, tenho saudades da minha asa, já não me fazes voar há tanto tempo. E a culpa é minha. Os teus incessantes toques, minha amiga, sem resposta, desculpa-me, sou tão feio. Beija-me a face e faz-me sonhar de nvo, tudo era tão perfeito quando nos deitávamos lá no jardim, um qualquer que fosse... Tenho tantas saudades que me começam a querimar a cara enquanto se tranformam num mar, acho que me estou a afogar.
Preciso de ti... Preciso de cair... Correr no meio da escuridão e sentir que no fim quase morro sem respirar, cair de um precipício e no final sangrar muito, só para saber que ainda estou vivo, já o fiz tantas vezes. Porque é que agora pareço não o conseguir fazer? Estou tão triste comigo!!
Quero chorar, quero chorar tanto... tanto tanto tanto!... Mas a pedra que me tornei com o tempo, as barreiras de papelão que criei à minha volta, não me deixam escorrer pelos meus olhos. São tão finas as barreiras, porque é que ninguém as rasga? Rasga-mas... estou tão triste, tenho tantas lágrimas aqui para te dar... Nunca me viste chorar, pouca gente viu e no entanto choro em qualquer filme, se clhar porque não serei tão julgado.
Ensina-me a chorar, a retirar o Litost de dentro de mim, não quero estar triste, mas tenho vontade de cair.
Anjo caído, perdido, abandonado... Ai, deixem-me voar de novo!
Continuo com vontade de chorar, não sei que se passa, nem sei quem sou. Ao espelho vejo as marcas que o tempo deixou, tatuagem "na alma e na pele"... E a lua cheia lembra-me que não te tenho. Não a vou ver hoje, não a vejo há algum tempo, não quero saber dela, hoja sou egoísta!
domingo, julho 04, 2004
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2 comentários:
Hoje decidi ser eu a voar. Ser livre e não esconder as asas que me deste.
Contar-te os sonhos que te escondo.
Dizer-te tudo de uma só vez... Assim, de um só trago, como o mar engole a areia.Oh marco... como me entristece a tua tristeza...
Como sofro sabendo-te ainda assim. Como se encolhe a minha dor perante a tua...
“Ensina-me a chorar, a retirar a Litost de dentro de mim, não quero estar triste, mas tenho vontade de cair”A Litost está em mim também marco... nunca a consegui assassinar... (como me assassino todas as noites escondida de ti, em segredo...) Dá-me a tua. Dá-ma, que eu absorvo-a como absorvi a minha... Já faz parte de mim. Da minha pele, dos meus cabelos, dos meus lábios.
Cai! Cai, mas cai nos meus braços!
“Quero rasgar cada linha da minha pele e sangrar a água que me faz viver”Deixa-me beber-te o sangue e devolver-to em beijos quentes. Deixa-me ser essa água-da-vida. Deixa-me ser essas estrelas que abraças quando te sentes só! Deixa-me rasgar as barreiras que queres destruir... Deixa-me voar contigo... uma vez! Uma! Quero ver onde vais nestas noites de lua cheia! Quero ver onde te escondes de mim!
Diz-me que ela não existe!
Diz-me que essa relva onde te deitaste com ela, hoje não passa de pó! Diz-me que morreu! Diz-me que não existe mais!
“Tenho tantas lágrimas aqui para te dar...”Dá-mas! Dá-mas, como te dei as minhas! Deixa-me bebê-las como te bebo o sangue...
E... e... e esquece todas as palavras que hoje aqui te atirei. Como se fossem um daqueles segredos que só a lua conhece. Porque só a ela os contei.
Eu... e noite a empurrar-me.Miriam
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