Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

quinta-feira, julho 15, 2004

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A noite criada pelas persianas fechadas inunda-me o olhar preso em rasgos da parede nua, sempre nua... Percorro devagar os traços de luz que por vezes se escapam nas paredes brancas como bailarinos num palco vazio e, por instantes, ilumino-me nesse vazio tão agudo. Será o farol? Serão os teus velhos sussurros? Vazio, como sempre... Percorro novamente os bailarinos em danças desleais contra a nua esbranquiçada e já fechado sobre mim deixo-me adormecer.

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