Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

sexta-feira, março 25, 2005

Pôr-de-sol


Laranja, sem dúvida laranja. Também poderia ser azul, mas não. Laranja, como o pôr-do-sol. Aliás, nós somos isso mesmo. Um eterno pôr-do-sol. Ou um nascer de sol? Também é laranja. Não, é um pôr, quando tudo está para terminar mas não vai embora. Quando gostamos e queremos ficar mais um pouquinho. Quando percorremos a areia molhada para não o perder. E entramos devagar na água. Imergimos. Somos levados pelos movimentos toscos do nosso corpo. Engolem-nos as ondas...Morremos. Ah, morremos!... Finalmente.
Sim, nós somos assim. Um eterno pôr-de-sol.

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