Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Catástrofe

Que ninguém mais me sussurre poesia como tu,
Tornem-se duros todos os sons e as palavras
Enalteçam-se as cores, esses teus doces sabores...

Rasguem-se os céus em meu redor, caiam anjos!
Rosas voem pelos ares, açucenas pelos campos
Teus cabelos no meu pranto e tua pele na minha fronte.

Revoltem-se oceanos à minha estúpida passagem
Derrubem-se gigantes com esse beijo já roubado
E Consumem-se todos os pecados imaginados!

Oh!, que ninguém mais me sussurre poesia como tu,
Que se esvaneça a tua voz no meu peito assustado ...
Que morras!... E ressuscites no mais fundo de mim.

1 comentário:

Anónimo disse...

Adoro este poema.
As tuas palavras simples chegam ao mais complexo do ser humano... o coração e a mente.
Beijo grande..