Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

sexta-feira, dezembro 31, 2004

Não te chegam...

Não te chegam o meu corpo e o meu sexo
Crivados no rascunho da tua pele em mim
Com a leveza da pena desse mundo anexo
A tudo o que sou, estou perto do fim...

Não me apertes os punhos cerrados de medo
Mantem-nos soltos no embalo do teu segredo!

Solta-me o corpo e a voz e o sexo!...
E os punhos e as mãos e o cabelo
Que dos meus olhos correm fios de oiro
E na boca trago a alma mordida em desassossego.

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