Gostava da certeza do mundo quando era criança. Da magia de um beijo na cara, da promessa acreditada de uma mor profundo e verdadeiro. Gostava da certeza de uns braços para me aconchegar, da certeza de uma mão no calor de uma lágrima caída... Quando era criança.
Quando foi que me perdi de mim mesmo? Quando foi que me larguei na ponta do mundo para nele me atirar de cabeça? Ainda ontem te beijava os lábios com a certeza do mundo a construir, com o sorriso das crianças, as gargalhadas... E hoje já me sufoco em dúvidas constantes, em desforos do coração. Talvez tenha sido há pouco tempo, ontem, que me perdi do cordel do mundo da fantasia, que fugi da Terra do Nunca, que cai do país das maravilhas...
Leva-me de volta. Faz-me acreditar... Por favor [não sei estar assim]
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