É do café, com certeza, esta imensa ansiedade que não me deixa ficar com a mão longe do telefone. Não é que queria uma chamada ou uma mensagem! Quero é que de repente me apareças debaixo da janela com os lábios molhados à espera dos meus! E o telefone é só uma forma estúpida de sentir o tempo passar: cada vez que vibra parece que o tempo passa mais depressa; por outro lado raramente és tu. Limitas-me o coração. Não. Eu limito o meu coração.
Estou numa fase de impor limites e barreiras aos meus próprios sentimentos. Não estou disponível para mais falhas, não tenho mais pernas para correr sem saber onde vou chegar e os meus braços só alcançam o que os meus olhos conseguem ver. Para além disso... fico sentado. Não quero tentar apanhar nada que não posso. Se não fico assim... com o café a correr pelas veias e o cérebro a queimar por dentro.
Café a mais.
Os teus beijos fazem-me falta.
Os meus braços já me imploram o teu corpo...
Oh! Danem-se os limites que as barreiras acabaram todas de cair! Danem-se os meus medos e os meus pecados mentais que já só te querem com os braços amarrados a uma cama e a boca entre-aberta a implorar por mais! Danem-se as meias palavras e as pistas, estúpidas, que eu vou deixando para saberes o que quero! Eu quero é que me queiras! Que me desejes e me anseies com a força toda da cafeína que me corre pelo corpo todo! Ai! Aih!...
Schiu!
2 comentários:
Que se dane, amor. Que se dane.
Por vezes, os limites que impomos a nós próprios apenas acrescentam mais as vontades que queremos diminuir. Trata-se de um vício, onde não basta apenas impor é preciso querer mais do que isso, é preciso ter mesmo vontade de querer. De atingir. De dizer basta. De dizer: és tu e já.
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