Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

terça-feira, julho 07, 2009

Abaixo aos limites!




É do café, com certeza, esta imensa ansiedade que não me deixa ficar com a mão longe do telefone. Não é que queria uma chamada ou uma mensagem! Quero é que de repente me apareças debaixo da janela com os lábios molhados à espera dos meus! E o telefone é só uma forma estúpida de sentir o tempo passar: cada vez que vibra parece que o tempo passa mais depressa; por outro lado raramente és tu. Limitas-me o coração. Não. Eu limito o meu coração.

Estou numa fase de impor limites e barreiras aos meus próprios sentimentos. Não estou disponível para mais falhas, não tenho mais pernas para correr sem saber onde vou chegar e os meus braços só alcançam o que os meus olhos conseguem ver. Para além disso... fico sentado. Não quero tentar apanhar nada que não posso. Se não fico assim... com o café a correr pelas veias e o cérebro a queimar por dentro.

Café a mais.
Os teus beijos fazem-me falta.
Os meus braços já me imploram o teu corpo...

Oh! Danem-se os limites que as barreiras acabaram todas de cair! Danem-se os meus medos e os meus pecados mentais que já só te querem com os braços amarrados a uma cama e a boca entre-aberta a implorar por mais! Danem-se as meias palavras e as pistas, estúpidas, que eu vou deixando para saberes o que quero! Eu quero é que me queiras! Que me desejes e me anseies com a força toda da cafeína que me corre pelo corpo todo! Ai! Aih!...
Schiu!

2 comentários:

D2b disse...

Que se dane, amor. Que se dane.

Adão disse...

Por vezes, os limites que impomos a nós próprios apenas acrescentam mais as vontades que queremos diminuir. Trata-se de um vício, onde não basta apenas impor é preciso querer mais do que isso, é preciso ter mesmo vontade de querer. De atingir. De dizer basta. De dizer: és tu e já.