Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

segunda-feira, julho 06, 2009

De volta.



De volta aos dias cinzentos fechados dentro de mim, aos suspiros alongados nos meus lábios pela tua boca.
De volta às vertigens das mãos coladas, dos pés num reboliço a que o corpo não consegue mais responder.
De volta aos sussurros discretos que descolam palavras que não se querem dizer, às gargalhas, aos sorrisos involuntários como se nada mais pudesse ser evitado.

De volta aos beijos...
De volta ao emaranhar das línguas numa doce e demorada sedução.

De volta a mim a voltar para ti;
À minha pele seca, ardida no teu toque quente;
Aos pensamentos certos, errados de tanta incerteza.

De volta ao meu olhos poisados em ti, aos meus dedos no teu corpo
E a ti... A ti dentro de mim.

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