Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

segunda-feira, outubro 17, 2005

Não me vais fugir

Ele veio e agarrou-te a mão com a força que eu nunca tive. Enlaçou-te com um beijo de pés a flutuar e levou-te para longe de mim. Assim, sem mais nem menos. Levou os poemas e as cantigas traçadas num luar posto por detras das nossas noites. Levou a tua voz cantante nos meus ouvidos e a magia das nossas mão por agarrar. Assim... sem mais...
No teu lugar deixou-me uma talhada de vazio cortada da vida dele e um bilhete com o brilho do teu olhar. Guardei-o no bolso ao lado da chave.
E agora sei que estás com ele, abraçada no torso dele, empertigada no cheiro dele... e sentes a minha falta como uma talhada de vazio que te falhou...

Podes fugir sem deixar nada para trás... nem mesmo saudade.
Mas não podes impedir -me de correr atrás de ti.

1 comentário:

Anónimo disse...
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