Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Beber-te em sufoco

Tenho sede da tua carícia aveludada,
Desse lânguido escorrer pela minha pele,
Do cetim dos beijos , derrocadas de mel!...
Oh!, tenho sede da minha alma abraçada,

Sede do teu mundo de pesadas portadas
Das escuras palavras à lua exorcizadas...
Do teu coração ao teu peito pendente...
E dessa volúpia, desse corpo demente!

Quero beber-te num sôfrego morder
Bailar-te nas minhas mãos,
Ver-te renascer!...

Engolir-te neste enorme sufoco
Derrubar distâncias...
Criar-te ânsias...

E ter-te aqui...
Fazer-te abraço e beijo e carícia.

Oh!,Tenho sede da tua vida.

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