Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

domingo, janeiro 02, 2005

Confissões [I]

Ah!, não te saber virgem na minha mão.
Não te possuir primeiro que o mundo,
Antes de todo esse anoitecer imundo
Que te quebrou na mais pesada solidão!

E como queima a recordação esquecida
De todos os lábios beijados em segredo,
De toda a ladainha gasta e desmedida...
Oh!..., como me afogo neste azul medo...!

Confundo-me nos sentidos do teu passado,
Naqueles passeios de luz e algodão doce,
Nas paixões sangradas do tempo cansado.

E quebro-me nestes abraços repetidos,
Nas confissões eternas deste amor renovado...
Em toda a delícia dos nossos beijos apaixonados...

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