Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

quarta-feira, abril 22, 2009

Letargia do coração

Acordei na letargia dos dias-iguais-a-outros-dias. Nada me embala mas eu sinto que os meus pés não tocam o chão; arrastam-se nas partículas de ar que foste sugando e transformando numa coisa ainda sem nome. Penso mas não executo. Sorrio mas não sinto.
Trago um formigueiro no coração como quando durmo sobre o braço e acordo como se ele não fizesse parte de mim. Atiro-o contra a parede, com força, até que o sinta de novo. Bato-lhe, belisco-o mas no coração não funciona desta maneira.

Ele formiga.
Ele não faz mais parte de mim.

2 comentários:

[ Dk ] Mateus disse...

O que mais dilacera é essa impotência perante aquilo que "formiga"... só nos resta esperar que o sangue volte a circular... Ahh... isso me enlouquece!

Anónimo disse...

"I found a picture of your smiling face
Bringing old memories that I had locked away...

I spoke such harsh words before goodbye
Well I wanted to hurt you for the tears you made
You made me cry....

All of those years we spent together
Well they're part of my life forever
I hold the joy with the pain
And the truth is I miss..."