Escorreram-me as lágrimas por entre os dedos
Quando não as consegui conter mais nos olhos
Atados para não te ver.
São caminhos de água numa dança de sangue e pecado consumado pela minha mão na tua pele, branca, ansiosa por mim.
Escorreram-me as lágrimas da boca até ao chão
Em gotas grossas, pesadas, adjacentes a um beijo teu.
E loucos, os meus dedos apertam-me o olhar para nunca mais te ver. Espeto o canto que me resta da unha do indicador direito no centro da tua memória e raspo-a como se o pudesse mesmo fazer. Não posso! Mas vou raspá-la de ti, arrancar-te os olhos em vez dos meus. Não me vês!... E eu