Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

domingo, janeiro 22, 2006

Tarde

Arrasto-me para dentro do teu peito emaranhado num turbilhão de emoções. Sinto o teu cheiro como se fosse meu, conheço-te cada centímetro como meu pertence... e tu nem sabes que já te trago cá dentro.
Abraço o teu olhar embaraçado e o sorriso contido por esses lábios de groselha corados. Conto as vezes em que as pestanas se encontram e desligas o olhar por um segundo para de novo o pusares em mim, sempre em mim. E os gestos das tuas mãos vadias que me afagam a pele, que me deixam sedento da groselha dos teu beijos... Ah, que tanto tarda o encontro dos nossos lábios! Tanto tarda o entrelaçar das nossas peles num só voo de perfeita simetria apaixonada que já não me contenho por dentro e expludo aos pedaços. Um para ti, um para mim até ao fim.

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