Quentes, as tuas mãos descem lentas sobre a minha pele gelada de emoção. Não te agarro, não te beijo. Não abro os olhos, fechados como as crianças a fazer de conta. Leves, os teus pés percorrem os dois metros que levam à saída como se fossem milhares de passos pesados de nada, como se o vazio pesasse [pesa?]. E sais. Sais sem olhar para trás. Sais sem uma nota ou um suspiro porque sabes que, quando voltares, me encontras no mesmo sitio: gelado, meio morto, de olhos semicerrados.
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