Já os nossos corpos mergulharam juntos por entre esta selva de luz roubada, em movimentos perfeitos, em voos alados, numa dança sem fim no centro de um palco sem público. Deixar correr agora cada gota na janela baça... Que desperdicio!

quinta-feira, junho 18, 2009

A (nossa) lágrima

É como se de repente os meu corpo fosse abandonado no canto de uma rua vazia de pessoas e almas. Os meus pés deixam de tocar o chão e flutuo lentamente no compasso vazio do meu coração meio morto. Os meus olhos não se abrem, não se fecham, não se movem que nada conseguem ver. A leveza no meu peito é assustadora! É o não ter coração, não ter peso, não ter nada!... Não tenho mais nada.

A tua lágrima levou a minha.
A tua mão roubou-me o coração.

3 comentários:

Cáh disse...

senti o peito estufado depois de ler;
estufado e vazio...
Vazio daquelas coisas que se sente quando a confiança paira na mente...
Desde agora, queria enforcar-me, e ter uma lágrima além desta total sinfonia nos ouvidos enlouquecedora...



Um brinde as lágrimas!

Anónimo disse...

Como, se não sou ladrão?... Talvez o tenhas deixado (tu) comigo... talvez não o queiras de volta sabendo que é aqui onde ele bate e vive de novo. Talvez já saibas melhor que eu... ou talvez não saibas mesmo nada! Sigo com esse peso de sempre acreditar, embora sem mais luta (agora).
E sim, tens me sempre a mim!! Sob a forma de quem for e mesmo sob paixão e amor reprimido. Como sempre terás!
E na verdade ninguém roubou ninguém. Entregámos ao dizer "o meu coração é teu"... entregámos na magia dos sorrisos, das conversas, dos olhares, dos "tocares", dos nossos beijos perfeitos...

Daniel C.da Silva disse...

O final diz tudo. Mas outra gravidade te trará de novo a emoção e o amor...

belissimo, apesar do final dorido...

abraço