Morderam-me o peito, só pode ser isso. Arrancaram um pedaço enquanto dormia. Abriram devagar a porta, como se cada gesto fosse em staccato, e , pé-ate-pé, chegaram até mim. Não dei por nada... Só o vazio...
Morderam-me o peito e sorveram-me a vida. Rasgaram-me na pele a forma do nada como se o nada tivesse forma na geometria do vazio que se sobrepõe a tudo na vida. E deixaram-no lá assim... sozinho naquele pedaço vazio. Nada.